Quando não conseguem realizar as metas, muitas vezes os pacientes se culpam ao invés de tentar observar porque existe a dificuldade em concretizá-las. Existem estudos muito interessantes a este respeito, um deles (talvez o mais famoso nestes últimos anos) é o do psicólogo J. Dean, que em meados de 2013 publicou o livro “Making Habits, Breaking Habits: Why We Do Things, Why We Don’t, and How to Make Any Change Stick”. Neste livro, Dean se propõe a descrever sobre o funcionamento cerebral na criação de diversos comandos, os quais devem, em sequência, se tornar hábitos, até o ponto em que estes se tornam hábitos e nosso desafio é dobrado: desfazermo-nos de um hábito e criar outro.
Pois bem, alguns princípios gerais podemos absorver:
- mudar leva tempo: levamos em média 66 dias para afirmar que temos um novo hábito. Isso mesmo dois meses e uma semana sem parar, incansavelmente tentando colocar este hábito em vigor;
- esta média depende da atividade e de sua complexidade: nem tudo o que você está fazendo vai demorar tanto tempo. Se seu objetivo for simples, a mudança será rápida e simples;
- dar um passo de cada vez: durando pouco ou muito tempo, devemos concordar que um hábito leva horas, as vezes dias, as vezes anos. Assim, o segredo para que tudo possa dar certo é entender que nosso corpo como um todo muda quando tomamos uma atitude, logo, que precisamos ouvi-lo melhor;
- o segredo do hábito é a motivação: se não sabemos quanto tempo essa adaptação vai durar, o que podemos concluir é que a chave para conseguir esta mudança é persistir (nesta nova vida), insistir (mesmo quando cansada) e resistir (voltar a velhos padrões);
- balancear prós e contras: pois é, sabendo de tudo isso que falamos, você deve, ao começar estar disposto a mudar, mesmo sabendo que coisas podem dar errado, que será chato e que você pensará em desistir, pois tudo isso virá, e torço eu que não venham ao mesmo tempo.. mas se vier, que você insista e persista!